Para a surpresa de muitos e felicidade verde e amarela, o Brasil faz bela partida na final do Globl Jam e fazem 77 x 73 nos Estados Unidos para levantarem a taça. Talvez o favoritismo até estivesse com os americanos, mas os dados provaram que a melhor equipe saiu vencedora e eu vou te mostrar o porquê:
Evolução constante
A primeira partida do torneio foi a única derrota que o Brasil sofreu em todo o torneio, enfrentando a equipe anfitriã do evento, o Canadá, os brasileiros comandados por Tiago Splitter encontraram a dificuldade de trocar pontos e conforme os ataques não se convertiam em cestas e um placar final decepcionante, a seleção muda completamente a maneira de jogar.
Para os demais confrontos na Fase de Grupo, o Brasil enfrentou a Itália e os Estados Unidos, e desistiu de querer entrar em um jogo de ataque, e se tornou a defesa mais sólida da competição. Com o foco na defesa, os brasileiros passaram a tomar menos pontos e principalmente, terem espaços para contra-ataques mais acertivos. Confira os saldos de pontos e a evolução de Splitter e companhia durante a competição:
Após a derrota, os jogos se tornaram muito mais competitivos, e certamente mostraram a resiliência da nossa seleção em não deixar o adversário descolar no placar, afinal, com o jogo em aberto, sempre havia a oportunidade da individualidade de seus atletas decidirem no final. Como por exemplo no 3º jogo (Brasil x EUA), em que Yago Mateus faz uma cesta de 3 faltando segundos para o fim, e crava a vitória:
Yago, o monstro do torneio
Se falamos de individualidades, não há como falar desse torneio sem passar pelo melhor jogador, Yago Mateus Santos com todos os seus 23 anos simplesmente destruiu todos os adversários. Com atuações que beiravam o triplo-duplo, o jovem do Flamengo se aproveitava de sua velocidade e da forte marcação brasileira para ficar sempre bem posicionado.
Indo muito além de pontos, Yago era o pilar da rotação da seleção, diversas assistências, faltas cavadas (Brasil foi a equipe que mais sofreu faltas no torneio) e principalmente desistabilizando as defesas dos países adversários. Com destaque para a sua tabela com Dikempe, a dupla era a melhor combinação de Defesa+Velocidade+Arremessos e Enterradas.
Em outro ritmo...
Como citado, a seleção brasileira foi a equipe que mais sofreu faltas, e consequentemente a que mais rapidamente conseguia chegar no "Bônus" de arremessos. Mas o que fazia as outras equipes terem tanta dificuldade de marcarem os nossos rapazes? A Velocidade.
Com o foco total em defender, bloquear e deixar os oponentes sem atacarem de um lugar confortável do campo, o Brasil tinha diversas oportunidades de contra-atacar em quadra. Junte esses fatores com o talento de infiltração e drible dos atletas e tenha a seleção mais difícil de se defender, mesmo que não seja a que mais faça pontos. E foi assim que os brasileiros conseguiam sua estabilidade nos períodos da partida. Tá, mas e os EUA? o "país do basquete".
É importante ressaltar que mesmo sendo uma equipe de jovem sub-23, muito distante dos astros da NBA, os Estados Unidos ainda eram favoritos para o campeonato. Só que os resultados em quadra não demonstraram essa força.
Indo para o mata-mata como o pior colocado e com 3 derrotas na fase de grupos, os norte-americanos só foram mostrar suas garras de fora na eliminatória contra o Canadá (1º da fase de grupo) com um placar de 93 x 87, os EUA trilharam seu espaço para a final contra o Brasil.
Os atletas da Universidade de Baylor conquistaram a vaga de representante em 2022 devido ao ano de 2021 vencedor, mas atualmente a equipe não figura no pódio das universidades americanas. De acordo com o órgão de análise do basquete universitário dos Estados Unidos, o NCAA Evaluation Tool Raking (N.E.T), os Baylors Bears (como são chamados os jovens da Universidade de Baylor) são os quintos melhores do país e voltaram para casa com um vice extremamente decepcionante.
Comentários