Novamente o Brasil perde para o Comitê Olímpico Russo (ROC), dessa vez valido pela semi-final do torneio. O 3 a 1 russo veio depois de muita força e eficácia dos europeus, que começaram mal, mas mantiveram imprimindo ritmo para virar o placar. (Parciais: 25/18, 21/25, 24/26 e 23/25).
Set 1: Em um início de jogo avassalador, o Brasil parecia nem se lembrar da derrota na fase de grupos, forçava saques atrás de saques, e mesmo com muitos erros (8 nesse set) não tinha medo de virar as bolas.
Quem mandava no set era o levantador brasileiro Bruninho, que anulou os bloqueios russos com uma distribuição perfeita para seus homens de ataques, desse modo, o forte paredão do Comitê Russo não conseguia chegar inteiro para bloquear os ataques.
Para completar o set incrível da seleção, Thales encaixou perfeitamente a defesa de fundo quadra contra os poderosos opostos russos. Com 5 defesas, o líbero brasileiro liderou a defesa de sua quadra para ter uma vitória tranquila no set. Final: 25 a 18 Brasil.
Set 2: Buscando devolver na mesma moeda, quem começou a forçar no segundo set foi o ROC, muito mais precisos e agressivos, agora dificultavam muito a vida do levantador brasileiro, o que acabou sendo muito eficaz para se preocupar menos na defesa e mais no ataque.
Os russos não só atacam mais, como atacavam melhor agora. Seu oposto Mikhaylov estava começando a esquentar no jogo, e forçou diversos ataques encima de Bruninho, ou seja, como quem tinha que defender era o levantador, quem levanta certamente não será ele.
Sem Bruninho para levantar, o ataque do Brasil perdia muito de sua potência, e dessa forma, perdia muito principalmente na saída de rede. O oposto brasileiro Wallace terminou o set zerado, enquanto o russo foi o maior pontuador da etapa com 7 pontos. Final de set: 25 a 21 ROC.
Set 3: O set mais crucial do jogo começou com os brasileiros novamente acabando com os russos em todos os fundamentos. Desde o saque, o Brasil mantinha a pressão da recepção ao seu favor e dificultava a vida dos passadores.
O placar chegou a estar 20 a 12 para o Brasil, e então, a disciplina do vôlei russo entrou em ação. Sem medo nenhum da desvantagem no placar, o ROC forçou, e forçou muito no saque.
Quando mais forçava, mais dificultava o Brasil, que tentava atacar de qualquer modo, com qualquer atleta. A estrela de Iakolev cresceu nesse momento, o central russo não só converteu todas as bolas que foram levantadas para ele (6/6), como também realizou 2 bloqueios fundamentais pelo centro de rede.
O Brasil parecia esperar os russos errarem algum momento de tanto forçarem, mas isso não aconteceu, pois para evitar esses erros, o levantador Kobzar deixava tudo com o cara do jogo, Mikhaylov. Novamente, o oposto de forma quase que imparável, virou 5 dos 6 ataques, e foi o responsável junto de seu central pela virada histórica. Final de set 26 a 24 ROC.
Set 4: Um set muito menos tático e muito mais emocional, ambas equipes já apostavam no que acreditavam ter sido o melhor dentro do confronto. Melhor para o Comitê Russo, que conseguiu vencer o tiroteio do quarto set tendo o melhor atirador do seu lado da quadra.
Quando se aposta em trocar pontos num jogo de vôlei, você aposta que o adversário vai errar em algum momento antes de você, e esse talvez tenha sido um problema de leitura do Brasil, pois, assim como no segundo e terceiro set, os russos quase nunca erram.
Mais 8 pontos de Mikhaylov (7/9 ataques) acabam com o sonho do bicampeonato olímpico da seleção brasileiro, o atacante teve pela frente uma defesa totalmente exposta, apostando no ataque também, o que facilitou a fechar o placar pela vantagem necessária. Final de set: 25 a 23 ROC.
Para o Brasil, agora a luta é contra os argentinos pela medalha de bronze, o jogo promete ser tão perigoso quanto o feito entre essas seleções na fase de grupos. O confronto ocorrerá 1:30h do sábado (7) e finalizará a campanha olímpica do vôlei masculino.
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