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Como o Flamengo se tornou o time que sobra no Brasil (e na América)?

Foto do escritor: Ivan Pignatari JrIvan Pignatari Jr

Time rubro-negro passa por uma das melhores fases da sua história



Por Eduardo Carvalho






















Foto: Alexandre Vidal/Flamengo



Campeão do brasileiro com 4 rodadas de antecedência e vencedor da Copa Libertadores, o clube mais popular do Brasil impôs respeito sobre cada clube que enfrentou em 2019. Até agora, já são 26 jogos de invencibilidade com impressionantes 21 vitórias e 5 empates. Superando a sua melhor marca do século, 25 jogos sem perder em 2011, com Luxemburgo no comando e Ronaldinho e Thiago Neves em campo.


Para termos uma dimensão desta grande fase, vamos fazer uma análise, lembrando da última derrota do Flamengo, no dia 4 de agosto, contra o Bahia na Arena Fonte Nova. A equipe baiana aplicou um expressivo 3x0 nos comandados de Jorge Jesus, em dia de estréia de Filipe Luis. O que teria potencial para virar um momento de amargura entre torcida e time, tornou-se motivação para dar a volta por cima. O zagueiro Rodrigo Caio disse em entrevista à Uol tempos depois: “Mudamos nossa forma de jogar, ali entendemos que era preciso se entregar mais em campo".




Foto: Alexandre Vidal/Flamengo



O principal responsável pelos triunfos é o técnico português Jorge Jesus, o “Mister", que possui um trabalho muito didático. Ele consegue passar a sua filosofia e colocá-la em prática nos treinos e jogos, que é o mais importante. Com isso, o Flamengo alcançou uma regularidade fundamental.


A contratação de um técnico europeu foi polêmica, ainda mais se tratando de um time de âmbito nacional como o Flamengo, é sabido que as condições de jogo e treinamento não são as mesmas, mas Jorge Jesus conseguiu, no dia a dia, conciliar um outro ritmo de futebol as suas peças do elenco.


E este é o ponto da “virada de chave" do Flamengo em 2019, a potencialização do seu elenco, que é bem diversificado, junto a uma filosofia alternativa de futebol. A nova diretoria foi ao mercado de transferências com uma agressividade maior do que a anterior. “Desarmando" rivais diretos, com a contratação de figuras como Arrascaeta, Bruno Henrique e Rodrigo Caio. Por empréstimo, veio Gabigol, herói do título da Libertadores. Todos jogadores que não estavam rendendo o que poderiam em seus antigos clubes. Jorge Jesus ainda pode contar com nomes consagrados do futebol europeu, como os laterais Rafinha e Filipe Luis; e mais recentemente comprou da Roma (ITA) os direitos federativos do meia Gerson, além do ótimo zagueiro Pablo Marí, que pertence ao Manchester City (ING).


Mas como o Flamengo faz para pagar todos esses reforços? Falando em finanças, o atual presidente do clube, Rodolfo Landim, “surfa" em uma onda financeira favorável deixada pela gestão do ex-presidente Eduardo Bandeira de Mello, que fez uma ótima administração, porém pouco vitoriosa. Bandeira entregou para Landim um clube com R$100 milhões para investimento em jogadores e comissão técnica. Para incrementar ainda mais os valores, Landim contou com altas cifras nas vendas de Lucas Paquetá, para o Milan (ITA) e Vinícius Junior, para o Real Madrid (ESP).




O presidente Rodolfo Landim comemora a posse no início do ano. (Foto: Diego Maranhão/AM Press)


Jorge Jesus deu uma declaração interessante algumas semanas atrás: “Se fosse em Portugal, com dez pontos de diferença, diria que somos campeões. Mas lá não há muitas equipes fortes para tirar pontos". Ou seja, ele referia-se ao fato de o campeonato brasileiro ser, tradicionalmente, mais equilibrado do que a maioria dos campeonatos europeus. O fato é que, mesmo com tal receio, o Flamengo conquistou o título com méritos.

1 Comment


Unknown member
Nov 26, 2019

Esse cara

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