Este ano, temos oito seleções estreantes. Foto: Reprodução Fifa
A Copa do Mundo Feminina 2023 está chegando, as seleções já estão concentradas, se preparando para esse grande desafio que inicia nesta quinta-feira (2o), na Austrália e Nova Zelândia. Entre alguns países veteranos e campeões, algumas seleções são estreantes e tiveram um caminho desafiador para tão sonhada classificação. Confira abaixo quais são:
FILIPINAS
As Filipinas são estreantes tanto em competições femininas quanto masculinas da FIFA. São mais de 25 anos tentando a vaga. Além disso, o país nunca comemorou títulos regionais ou continentais. Com a chegada da técnica australiana, Alen Stajcic, em 2021, a classificação para Copa veio em menos de três meses.
A conquista veio porque as filipinas venceram o Campeonato do Sudeste Asiático e fecharam o Grupo B da Copa da Ásia Feminina, na 2º posição, atrás da Austrália, e foi para a semifinal do mata-mata, contra Taiwan, e venceu nos pênaltis. Faz parte do Grupo A com Suíça, Nova Zelândia e Noruega.
VIETNÃ
As vietnamitas chegaram ao Mundial nos playoffs, na Copa da Ásia feminina da AFC, contra o Taipé Chinês, por 2 a 1. Está num grupo difícil com Estados Unidos, Portugal e Holanda.
O técnico Mai Duc Chung consegue esse feito pela primeira vez, mesmo que já tenha comandado clubes vietnamitas e equipes de base da seleção masculina, algumas vezes - desde 1997.
IRLANDA
A Irlanda é a terceira melhor 2º colocada durante as eliminatórias da UEFA. A equipe conquistou o triunfo contra a Escócia, por 1 a 0. A partida foi emocionante e tensa com direito à pênalti a favor das irlandesas, mas foi defendido pela goleira adversária, Está no Grupo B, estreia contra Austrália, dia 20, passa por Canadá dia 27 e fecha a fase inicial contra a Nigéria, dia 31.
Destaques da equipe: a meia-campista Denise O'Sulivan, de 29 anos, foi muito elogiada pela técnica Vera Pawl. A centroavante Abbie Larkin, ex-capitã da seleção sub-17, fez estreia em fevereiro, aos 16 anos. Desde então, marcou gols, pode ser reserva, mas está no radar.
ZÂMBIA
As zambianas foram a primeira seleção africana a conseguir a vaga. O país estreia dia 22, contra o Japão, ambos presentes no Grupo C, com Costa Rica e Espanha. Em 2021, participou dos Jogos Olímpicos de Tóquio. Na Copa Africana das Nações que tudo aconteceu - vitória contra o Senegal, nos pênaltis, por 4 a 2.
Barbara Banda é um dos destaques no ataque que marcou dois hat trick seguidos, em 2021. A jogadora estava ausente na classificação para a Copa, devido a reprovação no "exame de gênero".
Poucos dias antes do Mundial, o técnico Bruce Mwape, foi acusado de conduta sexual imprópria com as jogadoras, ameaçando-as ter relações sexuais para que continuem na equipe e atuem na Copa. O caso foi encaminhado para a FIFA e segue em análise. Representantes do equipe de futebol do país podem estar amenizando o caso devido ao momento histórico que estão vivendo.
MARROCOS
Mais uma seleção africana classificada estreando. Enquanto Zâmbia saiu da Copa Africana das Nações na semifinal contra África do Sul, as marroquinas foram às finais com as sul-africanas, porém ficaram com a vice-liderança, perdendo por 2 a 1.
Conseguiram passar para Copa após vencer Botsuana, por 2 a 1, nas quartas de final. Grupo H com Alemanha, Colômbia e Coréia do Sul. Muitas jogadoras são filhas de imigrantes que foram para Europa, inclusive a meia Yasmine Mrabet, de 23 anos, atua no Levante, da Espanha, e marcou o gol da classificação contra Botsuana.
HAITI
No Grupo D com China, Dinamarca e Inglaterra, o país caribenho percorreu um caminho difícil, na repescagem intercontinental em fevereiro, na Nova Zelândia. Selou o triunfo vencendo o Chile, por 2 a 1.
PANAMÁ
No Grupo F e fazendo estreia com Brasil, o Panamá terminou em terceiro lugar na fase de grupos e na repescagem. Teve classificação tranquila passando por Papa Nova-Guiné e Paraguai sem sofrer gols.
Na última Copa, a classificação ficou no quase com a derrota para Argentina, por 5 a 1. A chegada do técnico Nacho Quintana foi responsável pela ida ao Mundial.
PORTUGAL
No Grupo E, Portugal enfrentou treze jogos e duas repescagem até alcançar a tão sonhada vaga. E, foi nos acréscimos, contra Camarões, que surgiu um pênalti e as portuguesas converteram a inédita vaga.
O técnico Francisco reconhece que o Mundial vai exigir das jogadoras em todos os sentidos (físico, emocional, psicológico etc.). A atacante Jéssica Silva é a estrela do grupo e um dos destaques para Copa - atualmente joga no Benfica. Neto ainda apostou em já colocar 25 das 26 convocadas em campo nos amistosos contra País de Gales e Japão.
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