top of page

Duílio e a linha tênue entre o heroísmo e a vilania


Foto: Rodrigo Coca/Agência Corinthians Duílio Monteiro Alves, neto de Orlando Monteiro Alves e filho de Adílson Monteiro Alves, ambos ex-dirigentes do Corinthians, foi eleito presidente do clube alvinegro em dezembro de 2020. Ele que já havia sido dirigente do clube duas vezes. Duílio foi diretor de futebol na última gestão de Andres Sanches, entre 2018 e 2020. Foi nessa gestão que a dívida do clube paulistano pulou dos 600 milhões para 1 bilhão de reais! Duílio assume prometendo arrumar a casa, pregando austeridade financeira e corte de gastos. De início, parece até que Duílio vai negligenciar o campo priorizando as finanças. A saída repentina de Cazares e a manutenção de Mancini mesmo com atuações fracas e resultados enganosos davam a entender que a única prioridade do novo mandatário corinthiano seria resolver os problemas financeiros. Porém, as coisas começam a mudar quando, após uma eliminação vexatória da Sul-americana e um baile sofrido para o Palmeiras, demite Vagner Mancini, tenta Renato Gaúcho, mas fecha com Sylvinho. Apesar da demora para interromper o trabalho anterior, esse foi o primeiro indício que Duílio também está preocupado com o futebol. A comprovação, veio agora. Após se desfazer de 21 atletas, o Corinthians trouxe 4 espetaculares: Giuliano, Renato Augusto, Roger Guedes e Willian. Porém, mesmo com as várias saídas e as poucas chegadas, a contratação de jogadores caros, por mais que sejam casos muito diferentes, geram comparações com o Cruzeiro. Realmente, os casos são muito diferentes, o potencial de arrecadação do Corinthians é muito maior, o modus operandi de contratações é extremamente diferente do Cruzeiro, tudo isso é fato. Mas, a partir do momento que o presidente fala da folha ser menor que a do ano passado e a matéria do Globoesporte, feita em cima do último balancete do clube, diz que ela aumentou, aí há um motivo para preocupação. Ao mesmo tempo que o torcedor pode ficar feliz por Duílio entender que um time bom pode gerar mais receita, é importante que o mandatário corinthiano explique essa contradição. Então, Duílio fica nessa linha tênue. De um lado, o heroísmo, por dar ao torcedor corinthiano um time que ele merece, do outro lado, a vilania, por talvez estar dando um passo maior que a perna e complicando ainda mais um time que já está no limite do ponto de vista financeiro. Se Duílio quiser ficar do lado do heroísmo, ele precisa entender os limites do Corinthians. Não adianta dar um timaço pra torcida se você não tiver condição de pagar por ele. O futuro do Corinthians passa pelas mãos de Duílio Monteiro Alves, por isso, durante todo seu mandato (que vai até 2023) ele irá andar nessa linha tênue entre o heroísmo e a vilania.

61 visualizações0 comentário

Comments


bottom of page