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Entenda como o MVP da NBA tornou-se mais letal

Foto do escritor: Alex YamasakiAlex Yamasaki

Eleito o melhor jogador da última temporada regular, Giannis Antetokounmpo melhora os arremessos do perímetro e adiciona mais um recurso ao seu vasto e dominante repertório; com a nova arma, espaços para ele ou para os companheiros surgirão naturalmente


Giannis Antetokounmpo: The Greek Freak. Reprodução: Facebook - Milwaukee Bucks


Na temporada 2018-19, o título da Conferência Leste bateu na trave. Depois de vencerem os dois primeiros jogos da série - melhor de 7 partidas -, os Bucks assistiram à reação dos Raptors sob o comando de Kawhi, que acabaram campeões da liga.


O fator psicológico teve grande peso na série, já que alguns jogadores disseram em entrevistas que o time era melhor e que sairiam vitoriosos.


Outro fator, porém, também teve enorme influência no rumo dos jogos: o principal jogador dos Bucks - e da liga - se tornou previsível.


Você conhece o holandês Arjen Robben, o bravo guerreiro Netherlands? Ele se tornou mestre em uma jogada: avançar pelo lado direito do campo, cortar para a esquerda e acertar seu potente chute cruzado.


Apesar de imparável em diversos momentos, mesmo com os defensores conhecendo seus movimentos, Robben se tornou previsível com o passar dos anos. O mesmo aconteceu com Giannis na série contra os Raptors. Mesmo sendo impossível lhe parar quando avança em direção à cesta no 1-contra-1, foi possível moldar uma defesa que domasse a fera grega, dando mais espaços ao MVP no perímetro e multiplicando a marcação no garrafão.


Mas isso é passado.


A nova temporada chegou. Alguns jogadores deixaram a franquia, outros chegaram. Novamente, os Bucks mostram-se dominantes na Conferência Leste. Na última quinta-feira, 19, surgiu uma prova de fogo: os Lakers da dupla LeBron-AD. Cada time liderando a sua conferência, os dois com 24 vitórias e 4 derrotas. Um jogo aguardado por muitos fãs do esporte.


Foi aí que a besta saiu da jaula - só aí?


Jogando diante de sua torcida, Giannis anotou 34 pontos, pegou 11 rebotes e ainda distribuiu 7 assistências, em 32 minutos de jogo. Os números são maravilhosos. Mas qual é a novidade?


A novidade é a bola do perímetro. Foram 5 bolas de três em apenas 8 tentativas. Em todas, a defesa hesitou pelo simples fato de não ser, até então, uma característica do grego.


Olhemos atentamente à temporada de Giannis: em 2019-20, ele acerta 1,8 arremesso do perímetro em 5,1 tentativas. É o maior número da carreira do grego nos dois números - acertou 0,7 e tentou 2,8 em 2018-19. Confira os números no gráfico:


Com estes números, a temporada de Giannis tem a melhor porcentagem em arremessos do perímetro: 34,2%. A temporada que mais se aproxima deste aproveitamento é a 2017-18, com 30,7%. Vale lembrar que, especificamente nesta temporada, Giannis tentou 1,9 arremessos de três e converteu 0,6 por jogo. Logo, a atual temporada mostra uma evolução gigantesca do grego no longo alcance.


Mas, calma. Antetokounmpo não é o novo Stephen Curry. E nem será. Com o poder de dominar garrafões e infiltrar defesas, o arremesso do perímetro é, repito, apenas uma nova arma que subirá as defesas, que não deixarão Giannis livre no perímetro todas as vezes que receber a bola, garantindo maior espaço à equipe dos Bucks como um todo.


Olho nele!


Depois do duelo de titãs contra os Lakers, os Bucks venceram os os Knicks no sábado, 21, por 123 a 102. Giannis converteu 2 bolas de três em 4 tentativas, acumulando um triplo-duplo de 22 pontos, 11 rebotes e 10 assistências, em 26 minutos de quadra. Os Lakers jogam neste domingo, 22, contra os Nuggets.


Agora, fiquem com as 5 bolas de três de Antetokounmpo contra os Lakers, que contribuíram na vitória por 111 a 104:


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