A dengue no Brasil tem sido destaque nos noticiários diariamente devido ao alto volume de casos registrados. Segundo o Ministério da Saúde, nacionalmente o número de pessoas infectadas ultrapassou a marca de 2 milhões, superando o recorde histórico de 2015 quando atingiu 1.688.688 de casos registrados. Em São Paulo, as ocorrências chegaram à marca de 100.000 segundo dados divulgados pela Secretaria Estadual de Saúde.
Visando o jogo da NFL que ocorrerá na cidade de São Paulo em setembro, conversei com o Dr. Antonio Marttos Jr. - cirurgião de trauma da Universidade de Miami e do Hospital Jackson Memorial, em Miami - sobre a preparação e prevenção das delegações esportivas em eventos internacionais, para saber qual será a postura da NFL diante desta situação.
Repercussão internacional
O sinal de alerta para uma possível intervenção no jogo da NFL em São Paulo foi acionado quando a mídia internacional, sobretudo estadunidense, passou a publicar matérias a respeito da alta da dengue no Brasil. Revistas como Reuters, Escola de Saúde Pública de Harvard e Washington Post, por exemplo, abordaram a epidemia na América do Sul em suas publicações nas últimas semanas.
A epidemia da dengue pode impactar o jogo da NFL?
Em uma live no perfil Hail Mary Brasil (Instagram) com o Dr. Antonio Marttos Jr., perguntei a ele sobre como a NFL enfrentará esta questão. Ele foi muito claro ao afirmar que nesse tipo de contexto, toda as delegações que vão a um país em uma situação de crise de saúde como esta, são treinadas para tomarem os devidos cuidados. Se tratando do jogo da NFL no Brasil, é muito provável que até setembro a chance de ainda estarmos passando por uma epidemia desta dimensão seja quase nula.
“Eu não acho que a dengue vá atrapalhar em nada o evento”. Afirmou Dr. Antonio. “Já estará caindo, setembro não será o pico da epidemia e, na verdade, a vinda da NFL vai ser até boa, vai ajudar a reforçar a necessidade de campanha de prevenção e principalmente de vacinação no Brasil.”
Antonio Marttos Jr. fez parte do Time Brasil nas Olimpíadas do Rio em 2016 e hoje é membro da equipe médica da Fórmula 1 nos GPs de Miami e Las Vegas. Em março deste ano, ele veio a São Paulo para compor o time de médicos da Fórmula E, um evento que ocorreu no auge da epidemia da dengue e que não sofreu nenhum prejuízo devido a isso.
Portanto, devemos nos cuidar e fazer a nossa parte para não contribuir com a proliferação do mosquito da dengue. A prevenção é fundamental, sempre seguindo as instruções do Ministério da Saúde para evitar ao máximo mais contaminações.
Clique aqui e confira a entrevista completa com o Dr. Antonio Marttos Jr.
Por Gabriel de Campos
Referências:
Metrópoles, G1, CNN Brasil e Ministério da Saúde
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