O lançamento do ChatGPT pela OpenAI no final de 2022 foi uma revolução na internet. A ferramenta permite que, por meio de textos, denominados Prompts, as pessoas obtenham respostas instantâneas sobre qualquer tópico. Esse chatbot revolucionou a maneira como nós nos relacionamos com a tecnologia, e os esportes não ficaram de fora.
No Mundial de Clubes de 2019, vencido pelo Liverpool, a FIFA testou uma ferramenta de Inteligência Artificial que poderia determinar com precisão se o jogador estava ou não em posição irregular no momento em que um passe foi feito.
A ferramenta determina por conta própria o momento em que o passe é feito. Em seguida, ela marca a posição dos atletas na jogada com o chamado de rastreamento de membros (limb tracking), que indica de 15 e 20 pontos no jogador. O modelo é capaz de determinar as partes do corpo do defensor e do atacante que estão mais próximas da linha de fundo para criar a linha de impedimento
Avanços no mundo da inteligência artificial prometem revolucionar o processo esportivo, tornando-o mais ágil e preciso. Segundo Johannes Holzmüller, diretor de tecnologia e inovação em futebol da FIFA, os resultados dos testes realizados durante o Mundial de Clubes são extremamente promissores. Em entrevista à Forbes, Holzmüller destacou as perspectivas animadoras proporcionadas pela implementação da IA nesse cenário esportivo.
Essa tecnologia pode favorecer negócios esportivos e patrocínios por parte das marcas que, por meio desta tecnologia, podem traçar os perfis e determinar as preferências dos amantes de esportes. A aplicação de algoritmos de aprendizado de máquina e processamento de dados permite a análise de enormes volumes de informações, abrangendo desde estatísticas detalhadas do desempenho dos jogadores até padrões de jogo e estratégias táticas. Essa riqueza de dados possibilita que técnicos e treinadores embasem suas decisões em informações sólidas, desenvolvam estratégias mais eficazes e alcancem uma otimização do desempenho de suas equipes. Com essa abordagem orientada por dados, o cenário esportivo tem a possibilidade de alcançar novos patamares de excelência e competitividade.
A IA também desempenha um papel fundamental na personalização e no engajamento dos fãs. Com a coleta e a análise de dados, é possível criar experiências personalizadas que se adaptam às preferências individuais de cada pessoa. Plataformas de streaming esportivo, por exemplo, podem usar a IA para recomendar conteúdo relevante, como jogos, entrevistas e análises, com base no histórico de visualização e preferências do usuário.
A MLB foi a primeira liga norte-americana a utilizar análise de dados como fator decisivo para contratar jogadores e técnicos para suas equipes. Esses novos modelos analíticos remodelaram a forma como as equipes avaliam os jogadores e criam estratégias para contratá-los. Para apoiar esses esforços, as equipes mudaram suas estruturas de olheiros e passaram a contar com cientistas de dados obcecados em coletar cada fragmento de informação para conseguir qualquer tipo de vantagem.
Outra maneira pela qual esses mecanismos podem ser utilizados é a criação de programas de treinamento especializados levando em consideração as características individuais dos jogadores, buscando a otimização do potencial deles. Essa abordagem sob medida contribui para um desenvolvimento mais aprofundado e eficaz, capacitando os atletas a alcançarem o máximo desempenho em suas performances esportivas. Com a implementação desses programas adaptados, a busca pela excelência e superação de limites torna-se mais acessível e promissora para os esportistas.
Outra área que é um terreno fértil para a Inteligência Artificial é o mapeamento e consequente prevenção de possíveis lesões. Com o auxílio de técnicas de IA, médicos esportivos podem prever possíveis lesões em modalidades de alto desempenho.
A medicina esportiva vem presenciando grandes avanços através do uso da Inteligência Artificial (IA). Atualmente, auxiliares técnicos, preparadores físicos, fisiologistas e outros profissionais podem prever uma possível lesão em atletas por meio das novas tecnologias.
O pesquisador da Escola de Educação Física e Esporte (EEFE), da Universidade de São Paulo (USP), João Gustavo Claudino conduziu um experimento com o objetivo de compreender quais são as modalidades esportivas que mais utilizam a Inteligência Artificial (IA) em técnicas médicas. Segundo o resultado da pesquisa, o futebol e o basquete são as categorias com a maior aplicação da IA para prevenir lesões, fazendo uso de duas técnicas: Redes Neurais Artificiais e Árvore de Decisão.
Com informações de Máquina do Esporte e Tecnoblog.
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