O Dimensão Esportiva vem a público exigir respostas da Confederação Brasileira de Futebol sobre os critérios utilizados para aceitar ou recusar os pedidos de credenciamento.
Na última quarta-feira, dia 20 de setembro, recebemos, com muita indignação, a reprovação de nosso pedido de credenciamento para a grande final da Copa do Brasil, com a justificativa de "quantitativo excedido". Entendemos que a partida entre São Paulo Futebol Clube e Clube de Regatas do Flamengo tem uma importância muito grande e era de se imaginar que muitos pedidos seriam recusados pela alta demanda, porém, não existe qualquer preocupação da entidade em esclarecer quais os critérios adotados para definir quais pedidos serão recusados.
Além disso, nós concluímos que não há critérios justos que possam justificar as recusas aos nossos profissionais, visto que tivemos equipe em 12 jogos da competição (incluindo o jogo de ida da final, no Maracanã) e fizemos o credenciamento no mesmo dia que ele se iniciou. Tanto assiduidade quanto pontualidade foram marcas do DE nesta Copa do Brasil e nos fazem merecer estar no jogo do título.
Não bastando a falta de lisura e transparência, o profissional responsável pelos credenciamentos na entidade, Sr. Jorge Tripoli, por diversas vezes deixou a desejar no cargo que ocupa para junto dos profissionais do Dimensão Esportiva, seu silencio diante diversas solicitações e recusas em contatos prejudicam o trabalho dos profissionais, portanto, deste pedimos esclarecimentos ainda maiores para que não se repitam episódios absurdos como os elencados a baixo:
Evento 1: Nosso narrador em Belo Horizonte, Bruno Amoreli, teve um credenciamento recusado para Cruzeiro Esporte Clube e Sport Clube Corinthians Paulista, no dia 19 de agosto, com a justificativa de “Quantitativo Excedido” e, ao questionar uma pessoa que trabalha no Cruzeiro, foi informado que haviam lugares vazios nas tribunas, logo, não procedia à justificativa mandada para nós.
Acrescentando: Já tivemos alguns credenciamentos recusados por “Quantitativo excedido”, mas já houveram partidas onde fomos aprovados e vimos colegas tendo que fazer os jogos de pé, pois todos os lugares estavam ocupados, como Corinthians 3x0 Fluminense, na Copa do Brasil de 2022, e Corinthians 3x2 América-MG, na edição atual do torneio. Por essas razões, a justificativa de “Quantitativo excedido” não passa credibilidade.
Evento 2: muitas vezes, não estamos recebendo sequer as respostas de credenciamento. Para piorar, já houve jogos onde a resposta não chegou e fomos aprovados, como Corinthians 2x1 São Paulo, na atual edição da Copa do Brasil, mas também houveram ocasiões onde foi recusado e não ficamos sabendo, como no dia mandamos 3 profissionais para o jogo entre Ferroviário Atlético Clube e Maranhão Atlético Clube, na Série D e eles só ficaram sabendo que tiveram o credenciamento recusado na hora de entrar no estádio.
Evento 3: três profissionais nossos receberam e-mails confirmando que o credenciamento para Sport Clube Corinthians Paulista e Santos Futebol Clube, válido pela semifinal do Brasileirão Feminino, havia sido aprovado. No dia 2 de setembro, quando nossa equipe chegou ao Parque São Jorge, os nomes não estavam na lista, o que quase impediu que eles entrassem no Parque São Jorge, o que não condiz com o artigo 90-F da Lei 9615/98, que dita que os profissionais credenciados pelas Associações de Cronistas Esportivos quando em serviço têm acesso a praças, estádios e ginásios desportivos em todo o território nacional, obrigando-se a ocupar locais a eles reservados pelas respectivas entidades de administração do desporto, ou seja, uma vez credenciados temos garantido acesso a realizar nosso trabalho jornalístico, então não podemos simplesmente ser barrados na porta ou sermos avisados somente no momento.
Finalizando: exigimos explicações da entidade e de Jorge Tripoli, o mais rápido possível. Caso o contrário, nossa equipe jurídica já está se movimentando para acionar a Confederação Brasileira de Futebol na justiça.
O Dimensão luta por mais transparência e um tratamento digno com a imprensa, tanto a tradicional, quanto a independente.
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