Com uma pressão absurda e dois gols de Foden, City chega a 36 jogos sem perder em casa e deixa a cidade de Manchester um pouco mais azul.
O que era para ser um dos dérbis mais disputados da Inglaterra se mostrou, na verdade, uma partida de um time só. Nesse domingo (03), Manchester City e Manchester United se enfrentaram pela 27ª rodada da Premier League, no Etihad Stadium, em Manchester. Uma intensidade do início ao fim garantiu mais uma vitória para o Manchester City, garantindo a terceira vitória seguida em cima do rival. Confira agora um resumo do clássico inglês transmitido pelo Dimensão Esportiva.
Primeiro Tempo:
A primeira etapa foi em sua maior parte, constituída por um jogo entre ataque (Manchester City) e defesa (Manchester United). Com um esquema 3-2-4-1, o time de Pep Guardiola pressionou os Red Devils durante quase todo a primeira etapa, com poucos contra-ataques do United, sendo que um deles, aos 8 minutos de jogo, resultou no único gol da partida, marcado por Rashford.
Por imprimir um ritmo de jogo muito intenso, o Manchester City utiliza, quando está com a bola, Walker e Ake como alas, colocando ainda mais jogadores no campo de ataque e deixando apenas o zagueiro Rúben Dias como último homem. Propondo um jogo focado em atacar as laterais, o City busca a todo momento jogar pela ponta direita, onde o possível "elo fraco" do United, o zagueiro Lindelof, está improvisado na lateral esquerda. Além disso, os jogadores tentaram usar a inversão de bola para quebrar as linhas de marcação do adversário, parando apenas na hora de finalizar as jogadas.
O United começou o primeiro tempo mostrando seu plano de jogo, que consiste em basicamente chamar seu adversário e sair no contra-ataque, contando com Rashford, Garnacho e Bruno Fernandes para finalizarem as raras oportunidades. Iniciando com um 4-2-3-1, mas passando a maioria do primeiro tempo em um 5-3-2, os Diabos Vermelhos se mostraram consistentes na defesa e rápidos em ligar um contra-ataque, pecando apenas em suas conclusões.
Pode-se dizer que o United sobreviveu ao primeiro tempo, contou com duas boas defesas de Onana e um gol perdido por Haaland aos 45', mas o time de Ten Hag se mostrou eficiente em conter o ataque do City, não deixando espaços para a finalização e aproveitando muito bem os contra-ataques.
Segundo Tempo:
Para a segunda etapa, ambos os times não tiveram substituições, mas o Manchester City veio com uma nova proposta, finalizar de fora da área. Já o United manteve seu plano de jogo, seguindo-o até o final da partida. Com três gols no segundo tempo, todos do City, a partida acabou 3 a 1, deixando a parte azul de Manchester mais feliz nesse domingo.
A intensidade não parou em momento nenhum, e nem as jogadas pelas laterais, com inversões de bola. O diferencial do City na segunda etapa foi o aumento de chutes de fora da área, resultando no primeiro gol dos Citizens. Um chute certeiro de Phil Foden no canto deixou a partida empatada, colocando mais fogo em um clássico cheio de energia. Guardiola utilizou bem sua primeira substituição, colocando Julián Álvarez no lugar de Doku, deixando Álvarez como segundo atacante e colocando Bernardo Silva como ponta esquerda.
Após as alterações do United, os Blues começaram a jogar com De Bruyne na esquerda, Bernardo Silva na direita e um meio campo com Álvarez e Foden, sendo através da triangulação desses dois que resultou no segundo gol de Foden, aos 80 minutos de jogo. Mesmo com o jogo cadenciado, o City continuou atacando, marcando em cima, resultando no terceiro e último gol da partida, saindo dos pés de Haaland, que mesmo sumido durante todo o jogo, fez sua função de centroavante e concluiu sua oportunidade. As mexidas de Guardiola resolveram o problema de infiltração da equipe e, ao mesmo tempo, deixou o Manchester City com mais peças ofensivas.
Do outro lado, o Manchester United não deixou de jogar para o contra-ataque nem por um segundo. Mesmo vendo o aumento de finalizações da equipe adversária, manteve sua linha de marcação mais recuada, resultando no primeiro gol. Onana fez o que pode para parar um dos melhores ataques da Europa, realizando boas defesas, mas após as entradas de Kambwala, no lugar de Evans, e Antony, no lugar de Rashford, ten Hag resolveu o problema de sua lateral esquerda. Colocando Dalot no lugar de Lindelof, que ficou ao lado de Varane como zagueiro, mas criando um problema para a lateral direita, deixando Kambwala, um jogador de 19 anos, na posição.
Com cada vez menos oportunidades de escapar da pressão do City, o United cedeu e o time começou a cometer alguns erros, tanto defensivos quanto em toques de bola. Mas mesmo após o segundo gol sofrido, a equipe não foi para cima, apostando ainda em seu plano inicial de jogo, e com o City cadenciando a partida, não restou opção além de aceitar a derrota.
Ficha técnica do jogo:
Manchester City: Ederson; Aké; Rúben Dias; Walker; Stones; Rodri; Doku (Julián Álvarez); Foden (Oscar Bobb); De Bruyne; Bernardo Silva e Haaland;
Técnico: Pep Guardiola
Manchester United: Onana; Lindelof; Jonny Evans (Kambwala); Varane; Dalot; McTominay; Casemiro; Mainoo (Amrabat); Garnacho (Forson); Bruno Fernandes e Rashford (Antony)
Técnico: Erik Ten Hag
Arbitragem:
Andy Madley (ING) - Árbitro Principal
Ian Hussin (ING) e Nick Hopton (ING) - Auxiliares
Darren England (ING) - Quarto Árbitro
Stuart Attwell (ING) - VAR
Com a vitória, o City permanece na segunda colocação da Premier League com 62 pontos, um a menos que o líder Liverpool. Já o United, com 44 pontos, está em sexto, e fora da zona de classificação para competições UEFA.
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