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Opinião: Convite do presidente da Conmebol a mexicanos não faz sentido

Alejandro Domínguez, atual presidente da Conmebol, enviou nesta semana convites a clubes mexicanos para voltarem à Libertadores, principal competição da América do Sul


Troféu da Conmebol Libertadores, principal competição da América do Sul.

Divulgação: Twitter/Conmebol Libertadores


Poucas são as explicações que podem ser feitas ao convite para voltar à Libertadores feito pelo presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, a diversos clubes mexicanos.


É compreensível que uma competição em seu início — para atrair mais público, visibilidade ou patrocinadores — tenha entre seus convidados grandes equipes ou figuras que muitas vezes não se encaixam no nível ou padrão daquele torneio.


Este padrão pode ser desenhado, por exemplo, pelo nível, pela geografia, pelo interesse dos participantes, entre outros critérios.


A Conmebol Libertadores, no caso, tem definidas as suas bases: é uma competição que usa a geografia como limitação, com times da América do Sul brigando pelo título — é o torneio que elege o representante regional à Copa do Mundo de Clubes, da Fifa.


Além da questão geográfica, é preciso um desempenho do maior nível nacional para a disputa: muitos países nem vaga direta à competição têm, disputando playoffs para chegar à fase de grupos, na qual "começa" sua parte principal.


Aumentar o número de equipes de uma competição que já conta com muitos participantes — diminuindo o número de participantes do próprio continente para isso — não deixa evidente as reais intenções da entidade.


Como competidores da Liga dos Campeões da Concacaf, os times mexicanos são concorrentes diretos dos sul-americanos nos Mundiais de Clubes.


Além disso, o futebol mexicano possui um alto nível de disputa, equiparado ao brasileiro e ao argentino. Caso um time mexicano vença a Libertadores — como já aconteceu —, o vice-continental ocupa a vaga no Mundial de Clubes. Um "prêmio de consolação" para o vice-campeão de um torneio tão importante.


Por fim, além de adversários nas Copas do Mundo de Clubes e com possibilidade de título em uma competição da qual não cumprem o requisito básico, de geografia, não é de se imaginar seriamente que seu time disputa da Uefa Champions League, certo? Ou mesmo que jogue contra mexicanos e estadunidenses na Liga dos Campeões da Concacaf.


Pois bem. Agora é esperar que os mexicanos tenham juízo e recusem o convite.




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