Um assunto que vem tomando enormes proporções na mídia ultimamente é a situação vivida pela equipe feminina do Ceará no Brasileirão Feminino. Na estreia realizada no último sábado, no estádio Nogueirão, em Mogi das Cruzes, as meninas do Vozão foram goleadas pelo placar de 14 a 0 para o Corinthians.
Em paralelo ao sonoro resultado na estreia do Campeonato Brasileiro, também tivemos a goleada de 10 a 0 do Flamengo pela Supercopa Feminina. Recentemente Eduardo Arruda, diretor do futebol feminino alvinegro e diretor administrativo afirmou em entrevista coletiva que as meninas estariam "super felizes" em jogar no clube. Super felizes? Será?
Essa fala é uma falta de respeito sem precedentes com as atletas. E se faz necessário investimento. Sem investimentos, sem resultados. Essa é a lógica do futebol. O elenco alvinegro é jovem, muitas das garotas não completaram 18 anos (tem meninas com 14 anos, por exemplo).
Uma imagem forte e que diz bem sobre o que estamos presenciando, foi a cena de Thais, goleira do Ceará indo as lágrimas após a derrota para o Timão e sendo consolada pelas adversárias. Resultados assim, e situações assim, comprometem e muito o psicológico do elenco.
Não dá para ficar feliz quando se toma incríveis 24 gols em 2 jogos. Também não dá para cortar boa parte dos investimentos na modalidade, vender boa parte do elenco vitorioso na série A2 e literalmente sucatear a equipe para a disputa da elite do futebol nacional.
O campeonato ainda está no começo, mas para que se tenha um final minimamente feliz para as Meninas do Vozão, precisa de investimento, ir ao mercado, trazer peças de qualidade e que agreguem ao elenco. Como isso acontecerá? Apenas o tempo dirá. É ver para saber.
Com futebol, seja feminino ou masculino, não se brinca. É assinar atestado de incompetência e amadorismo. A quem a diretoria do Ceará estaria tentando ludibriar? Até quando veremos situações assim, que mancham a reputação do time? É hora de agir, antes que seja tarde.
*As opiniões aqui emitidas são de total responsabilidade dos seus autores, e não necessariamente refletem a opinião do Dimensão Esportiva.
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