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Foto do escritorRui Guilherme Filho

OPINIÃO: Forçar rivalidade é um reflexo do ócio pós-acesso!


Após o final da Copa Sul-Americana, em que o Fortaleza perdeu para a LDU nos pênaltis no último sábado (28), alguns torcedores do Paysandu fizeram comparações sem fundamento ou manifestaram ter torcido contra o Leão do Pici por motivos bastante esdrúxulos nas redes sociais. Um desses motivos foi que: “se o Fortaleza ganhasse a Sula, apagaria a história do Paysandu na Libertadores de 2003”. Oi??? Ou pior que isso, alguns bicolores ousaram apequenar todo o processo de evolução do time nordestino para alçar um título de “maior time” que nunca existiu, tendo alguma esperança de que o tricolor cearense fosse rebaixado futuramente para provar o argumento deles.


Poderia utilizar neste artigo o velho argumento de patricinha de filme americano e dizer que é “inveja”, “recalque” ou qualquer derivado. Mas não, chamo isso de pura falta do que fazer após três semanas de férias de futebol. Primeiro, o que o Fortaleza tem a ver com o Paysandu, estando em dois espectros diferentes, situações diferentes e em divisões diferentes do Brasileirão (Fortaleza na A e Paysandu recém-chegado a B)? Segundo, o Fortaleza, apesar da derrota contra a LDU, está consolidado dentro e fora de campo e o Paysandu está começando o processo dentro de campo, fora, só Deus sabe. Em suma, não há motivo nenhum em querer forçar uma rivalidade contra um time que soube administrar e evoluir, e que dá aula para os outros times nordestinos e até mesmo para os paraenses, incluindo o próprio Paysandu.


Ok que poderíamos usar o motivo da empolgação após o tão sonhado acesso, porém, o papão apenas subiu de divisão, não jogou a segundona ainda para que argumentos, volto a dizer, esdrúxulos, estejam em voga em pleno final de temporada. Existe a zoeira, secar pelo motivo do Fortaleza ter um leão como mascote (mesmo animal do rival, Remo), que são naturais do futebol, mas utilizar de teorias de “pequenez” para exaltar um time, que até três semanas atrás estava em uma Série C, é assinar um atestado de ignorância e prepotência sem tamanho. Digo que é do mesmo nível de infantilidade pelo qual o rival do Fortaleza de fato, o Ceará, estava reclamando de uma chamada de transmissão de um jogo que nem deles era, chegando a barrar componentes da afiliada como retaliação.



Nenhuma glória alheia apaga a outra. Por mais que o Fortaleza tenha chegado em uma final de Sul-Americana, nunca apagará a única participação bicolor na Libertadores e vencendo o tão temido Boca Juniors na La Bombonera. Ambas são glórias que serão eternamente lembradas, independente da época e dos finais tristes. E cada conquista possui o seu tempo! Em 2003 foi o Paysandu, em 2023, foi o Fortaleza, e tá tudo bem. Ninguém tem bola de cristal para definir se tal time cairá ou não, se será incompetente ou não, isso só o tempo dirá, e por mais que caia, não dá motivos para entrar com o fanatismo e querer provar por A mais B que um time é maior que o outro, estando em outra atmosfera.


Termino esse artigo dando um conselho aos bicolores: Usem os chinelos da humildade! O dia que o Paysandu estiver no mesmo nível que o Fortaleza (e, como jornalista, espero que isso realmente ocorra), podemos sim ter a razão de estar orgulhoso e disputar glórias e participações. Fora disso, é argumento para uso futuro de encarnações e muita vergonha alheia.



*Os responsáveis pelas postagens dos prints acima foram preservados como forma de segurança, evitando retaliações futuras.


*As opiniões aqui emitidas são de total responsabilidade de seus autores e não necessariamente refletem a opinião do Dimensão Esportiva.

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