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OPINIÃO: Loves in the air Or Love hurts?

Atualizado: 23 de jul. de 2023


Reprodução: @jordan3love

Com a saída de Aaron Rodgers dos Packers, cabe a Jordan Love a dura missão de suceder a "dinastia" de quarterbacks lendários dos Cheese Heads. Agora é saber se o reinado Favre, que se tornou o reinado de Rodgers se converterá no "Império do Amor" ou se teremos Green Bay passando as dores que outras franquias tiveram.


Em clima de "Rei, príncipe e bobo", podemos avaliar Jordan Love com duas perspectivas: O cara que foi mal em jogos pequenos ou o Cara que passou três temporadas aprendendo com um QB de elite e ainda tem Adam Stenavich como coordenador ofensivo, e Matt Lafleur como HC.


Com apenas 10 jogos de profissional, mostrou uma notória evolução de 2021 para 2022. Apesar de menos touchdowns, uma maior consistência em passes, um aproveitamento melhor nos lançamentos, maior tempo de pocket e uma qualidade maior em avanços indicam uma crescente do QB.


Ter aumentado em 8% os passes completos, em 7% o aproveitamento em primeiras decidas, nenhum sack em 4 jogos, e ter quase duplicado seu QB Rating são indicativos de uma melhora considerável, e de que com tempo de jogo, isso possa ser ainda mais positivo.


O jogo corrido pode ser um problema para o jogador, já que seus números no atributo regrediram, mas isso não deve ser um problema quando os Packers tem AJ Dillon para jardas curtas e Aaron Jones para jogadas em profundidade.


Os recebedores podem ser um problema para Love. Christian Watson cresceu seu rendimento durante a temporada, mas ainda gera duvidas sobre sua constância. Allen Lazard apesar de não ser nenhum sonho, foi um bom alvo durante toda a temporada e séria um bom segundo WR para Love.


Romeo Dobbs apesar de mais acionado que o próprio Watson, teve menos jardas, mais fumbles e apresenta uma maior insegurança nas recepções. Jovem e vindo de uma quarta rodada deve ter espaço para se desenvolver, devido ao histórico de Green Bay ser um bom local de crescimento para Wide Recivers, mas inicia a temporada com certa desconfiança.


Com Mercedes Lewis de TE, Love terá um homem de mais confiança e consistência caso precise de um 'Big Men' na Endzone, e sua linha de defesa dará a segurança necessária para que ele desenvolva seu jogo.


O maior problema no final das contas será se livrar do fantasma de Aaron Rodgers. Quando uma franquia se acostuma com um QB quatro vezes MVP, sempre figurando entre as mais fortes da liga, é difícil entender que virá uma reformulação por ai.


Mesmo quando o time como coletivo não era bom, Rodgers tirava alguns coelhos da cartola para por a equipe nos playoffs, e apesar de algumas "falhas" em jogos grandes, ele era sempre o grande responsável por Green Bay sempre ser um dos favoritos ao Superbowl.


Após 3 anos como reserva de Brett Favre, Rodgers teria a dura missão de levar uma das franquias mais fortes dos anos 90 de volta as glórias nos anos 2010. E após um inicio difícil, engatou uma temporada boa atrás da outra e foi campeão em 2010.


Rodgers foi um fenômeno em uma universidade pequena, o que o fez cair de uma primeira para vigésima quarta escolha, tornando-o um dos maiores steals da história do draft.


Se hoje o tempo prova que escolher Alex Smith e passar Aaron Rodgers foi um dos maiores erros da história do San Francisco 49ers, não podemos falar o mesmo de Bengals, Dolphins e Chargers ao passar Love.


Diferente de seu antecessor, Jordan Love dificilmente será o melhor quarterback da sua classe, mas não deixou de ser uma boa escolha. Dentre as opções de Green Bay, escolhe-lo no final da última rodada foi uma manobra inteligente, já pensando no futuro.


Mesmo não tendo a competência fora de série de Joe Burrow ou a pirotecnia anormal de Justin Herbet, com o sistema certo e a calma para trabalhar, pode se tornar um jogador acima da média como performou Tua Tugovailoa na temporada passada.


A facilidade de já saber o playbook, ser destro como Rodgers, 3 anos de casa, são todos fatos favoráveis para que o jogo do quarterback seja potencializado e ele faça uma temporada digna.


Calma é algo que os cheese heads precisarão ter com o jovem, que nos moldes de Aaron Rodgers, teve temporadas de aprendizado com um QB mais experiente, fez um bom college e tem categoria o suficiente para não passar vergonha.


É obvio que Love não chega nem perto da qualidade de Rodgers, e é muito difícil que chegue ao mesmo nível, também não é um Quarterback que resolverá jogos, ou será o rosto de uma dinastia, mas com os ajustes certos, pode fazer o time funcionar e colocar os Packers de volta aos playoffs daqui duas ou três temporadas.


Paciência, pois uma mudança abrupta de líder demora tempo a dar frutos, mas, com calma, um bom playbook e as peças certas, Jordan Love tem capacidade de fazer o jogo rodar e pode figurar entre os bons QBs daqui algumas poucas temporadas.



*As opiniões aqui emitidas são de total responsabilidade de seus autores e não necessariamente refletem a opinião do Dimensão Esportiva.


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