No que é tido pela CBF como "uma promessa em grandes públicos, com a maior premiação da história", o Brasileirão Feminino vive uma zona. Tanto generalizada em alguns clubes, quanto por parte da entidade máxima do futebol brasileiro.
Além das famigeradas mudanças repetinas de horário e endereço de algumas partidas, a competição foi largada às traças pela dona dos direitos de transmissão, o Grupo Globo.
Já é conhecido que a platinada, só prioriza os campeonatos mais relevantes e lucrativos, deixando o resto em segundo plano em um dos canais SporTV, só para "cumprir tabela". TV aberta? Só nas fases finais e olhe lá, se depender da boa vontade da emissora da família Marinho.
Por isso, a CBF liberou para que os clubes transmitissem de forma online as partidas, tudo isso em cima da hora do início da competição, com jogos a menos de 24h do início. Como se não bastasse, o Athletico Paranaense, saiu na contramão dos demais clubes, e irá liberar a transmissão de seus jogos somente através do famigerado Furacão Play, cobrando uma mensalidade de R$ 20. Nós já sabemos que o Petraglia é sedento por dinheiro, só não adianta reclamar depois das críticas e que os índices foram aquém do esperado.
É muito além da falta de respeito do dirigente do Ceará, dizendo que "elas estavam felizes" após perderem por 14 a 0 contra o Corinthians, numa partida que a imprensa foi largada de mão sem acesso as cabines.
Muito além também da exploração financeira do Real Ariquemes em cobrar um valor altíssimo no ingresso para acompanhar a partida em um estádio sem estrutura, sob a alegação de que "o time não se paga", e com direito a block nas redes sociais para quem reclamasse.
Depois não adianta todo mundo reclamar que a Seleção Feminina passa vexame na Copa. A coisa começa com a valorização da modalidade, e estamos bem longe disso. No final das contas, quem acaba pagando o pato são as atletas.
*As opiniões aqui emitidas são de total responsabilidade de seus autores e não necessariamente refletem a opinião do Dimensão Esportiva.
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