Parece incrível, mas o clima da atual campeã do mundo feminina tá no pré-sal após a apresentação da delegação para a UEFA Nations League.
Estou falando da Espanha. Desde o assédio do ex-presidente da Real Federação de Futebol, Luis Rubiales, cometeu na Hermoso na festa do título, e tudo que aconteceu depois disso com seu afastamento (após um discurso totalmente inapropriado), saída do treinador Jorge Vilda, ameaças de saída das competições UEFA, intervenção do governo, o clima na Seleção tá insustentável!
Tivemos a convocação da nova treinadora da Furia, Montse Tomé e ela fez o seguinte:
- 15 jogadoras da Copa do Mundo;
- 21 jogadoras desta lista assinaram o comunicado divulgado outro dia exigindo mudanças dentro da federação;
- 5 jogadoras de 'Las 15', que disseram que não iam mais jogar pela Seleção;
O clima depois disso é de um velório! A fisionomia de muitas delas denunciava que elas não queriam estar ali, ainda mais depois de tudo que aconteceu no pós-Copa, o que me leva a suspeitar que tudo isso é um plano de vingança da REFF ou do próprio Rubiales!
O momento mais icônico de qualquer jogador é servir o seu país, o que não acontece na Espanha; muito pelo contrário.
O plano do Rubiales era tirar todo o foco do título mundial delas, mas conseguiu gerar uma revolta que afetou até o masculino, com ameaças de greve inclusive.
Que a Espanha não é um país tão progressista assim, nós já sabemos (só ver Vini Jr e La Liga), mas este caso mostra que temos muito que avançar ainda na questão de igualdade no futebol feminino. O clima dentro da Seleção não é bom e isso é visível; se a Espanha for mal na Nations, já sabemos o motivo e o culpado.
E Rubiales pode até tentar, mas os tempos mudaram e certas atitudes jamais serão aceitas em 2023.
*As opiniões aqui emitidas são de total responsabilidade de seus autores e não necessariamente refletem a opinião do Dimensão Esportiva.
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