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OPINIÃO: Paciência é uma virtude que todos deveriam ter, principalmente com jovens promessas


Foto: César Grecco/Palmeiras.

Não é de hoje que Endrick é o centro das atenções do futebol mundial. Badalado desde os 14 anos, o jovem, que hoje tem 16, é tido como a maior promessa do futebol brasileiro desde Neymar, e assim como as expectativas, a pressão criada em cima desse garoto também é alta.


O grande problema é que quando essa pressão se torna uma corneta, e ela se transforma em uma crítica, vira uma atitude completamente desnecessária e altamente exagerada principalmente quando ela é direcionada as oscilações que ocorrem nele, o que para um jovem dessa idade que pratica o futebol, são perfeitamente normais. Por parte da crítica esportiva, não houve até agora um comentário acima do tom adequado, já por parte dos torcedores, tanto do Palmeiras como de outras equipes é o que realmente assusta. Atribuir os adjetivos de "eterna promessa", "fracasso", "decepção", e outros rótulos a Endrick, na minha concepção, ainda são muito “precoces” para ele.


É obvio que o desempenho está aquém de uma superestrela, mas há de se ter consciência de que para um garoto de 16 anos, com uma enorme pressão desde as categorias de base, entrando em um esquema que nem foi feito para ele, e que nem estava adaptado para isso, fora outros pontos que forçam uma oscilação totalmente normal, a procura exacerbada por um novo Neymar, que força tanto os atletas, como o imaginário popular de que todo atleta deve estar no auge técnico e físico com 18 anos, muitas vezes cria cenários de desgaste psicológico desnecessário.


Devemos normalizar que alguns jogadores demoram mais a se desenvolver do que outros, e de que precisam de uma atenção um pouco mais especial, como foi o caso de Vinicius Jr assim que chegou ao Real Madrid, quando passou anos sendo lapidado, para que enfim chegasse ao seu máximo potencial.


Acredito que nem o próprio atleta deve estar satisfeito com seu desempenho, por isso, acredito que ser mais humano em algumas falas trará uma mudança significativa para o psicológico do jogador, que através das críticas construtivas, possa recuperar a boa forma.


No final das contas, tudo se trata apenas de dar tempo ao tempo, e tenhamos a certeza que após um período de adaptações ao profissional, veremos Endrick dando show nos maiores gramados do mundo, mas por hora, temos que entender, de uma vez por todas, que nem todo jovem atleta é um “Pelé”.



*As opiniões aqui emitidas são de total responsabilidade de seus autores e não necessariamente refletem a opinião do Dimensão Esportiva.

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