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OPINIÃO: Por que o Brasil não vai bem internacionalmente?

Você lendo o título deve pensar: O que esse cara está falando? Até porque o Brasil desde o Counter Strike 1.6 já foi campeão algumas vezes e em algumas modalidades diferentes, mas porque no League of Legends os times brasileiros não conseguem atuar como deveria lá fora?



O jogo de tiro em primeira pessoa (FPS) foi usado como exemplo pois foi um dos primórdios dos e-sports mais bem sucedidos que temos até hoje, e claro, naquela época era normal jogarmos Counter Strike em todas as Lan Houses espalhadas pelo Brasil. Não podemos esquecer também do tão aclamado GTA San Andreas e o PES/Bomba Patch.


Acredito que ficou mais do que claro, que o CS e os jogos de FPS com o passar dos anos foram se tornando algum cultural, arrisco a dizer que é igualmente o futebol por exemplo. Claro que é muito mais fácil uma criança, adolescente jogar bola do que jogar um jogo de computador/video game até pelos preços que encontramos hoje, mas em relação aos jogos de "tiro" foi se tornando algo comum e cultural como citei.


Starcraft e a cultura coreana nos jogos de RTS e estratégia:


Assim como falei da cultura brasileira envolvendo os jogos FPS, falarei um pouco sobre os jogos de Real-Time Strategy em uma tradução literal seria estratégia em tempo real. Os jogos RTS como o Starcraft, são de domínio total asiático, principalmente, jogadores coreanos.




Os coreanos sempre dominaram o cenário de RTS e o MOBA, eles nasceram jogando esse tipo de jogo e para eles esse domínio, dinastia ou qualquer outra coisa relacionada a invencibilidade é normal para uma cultura tão disciplinada como é a cultura asiática. Pois o mínimo que eles fazem e levam a sério, eles se cobram ao máximo, imagina nos campeonatos de Esports onde a estratégia é algo que eles respiram diariamente nos jogos.


Por isso eu sempre digo, muito do Brasil ir mal nos campeonatos de League of Legends e alguns de DotA 2, é pela cultura disciplinada dos jogadores lá fora, claro que entra outras muitas questões. Uma delas são questões sociais, disciplinares e também questões de oportunidades internacionais. Ou seja, falta oportunidades em torneios internacionais para o League of Legends exclusivamente, pois, os times brasileiros pelo fato de não conseguirem treinar com os melhores do mundo e estarem sempre em constante mudanças de times, não performam como deveriam.


A performance das organizações brasileiras, por mais difícil que seja de aceitar que seja patética internacionalmente, acredito muito que melhora 20% se tivermos mais oportunidades de jogar internacionalmente. Como falado anteriormente essa é só uma das variadas questões.


O League of Legends:


O MOBA é imenso aqui no Brasil até porque nosso conteúdo envolvendo o jogo é muito forte e sempre trás um engajamento gigante para a Riot Games, com isso o faturamento dela vai crescendo mais, apesar da Riot Games mundial falar que os Esports dão prejuízo para ela, o que sinceramente não acredito, principalmente porque o público brasileiro é mais engajado que por exemplo a LCS, o famoso campeonato norte americano do jogo.

E pensar que em questão de qualidade da gameplay dos jogadores profissionais brasileiros está abaixo dos coreanos, somos a região que mais sabe fazer bagunça boa.


Enfim, refletindo sobre tudo isso, só me faz lembrar que o Brasil levantou mais um troféu e foi na modalidade que já estamos acostumados, que é o famoso FPS.

No dia 25 de Fevereiro de 2024, a equipe brasileira W7M ganhou o campeonato mundial de Rainbow Six Siege. E eu lhes pergunto, o que falta para o Brasil finalmente engrenar no cenário mundial e quem sabe um dia ganhar um mundial?



O primeiro Six Invitational fora do Canadá foi um sucesso e foi em solo brasileiro contando com mais de 9 mil pessoas presentes na final do torneio realizado em São Paulo, sendo duas equipes compostas por 100% brasileiros nos dois times e com isso fazendo uma final digna de um torneio de FPS.


Parabéns w7m pelo título do Six Invitational 2024, trazendo o Brasil mais uma vez no podium dos Esports.



*As opiniões aqui emitidas são de total responsabilidade de seus autores e não necessariamente refletem a opinião do Dimensão Esportiva.


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