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PREMIER LEAGUE - Futebol e negócios (Parte 2)

Foto do escritor: Rodrigo SilvaRodrigo Silva

Uma das maiores ligas do mundo, um espetáculo dentro e fora de campo.



Foto: Site Oficial/Premier League


Em 1992, vários clubes da elite do futebol inglês decidiram dar um passo adiante, com a ideia de criar uma nova liga, analisando estratégias para que ela fosse mais organizada, com estádios melhores e padronizados, com uma boa atmosfera e até a qualidade do futebol mais evoluída, para que o espetáculo atraísse mais o público e as emissoras, claro - que iriam pagar muito bem pelos direitos de transmissão.

A proposta inicial era convencer os donos dos outros clubes, sobre a necessidade de mudanças, principalmente a questão financeira sobre os direitos televisivos, já que a emissora local havia uma baixa quantidade de jogos sendo transmitidas - algo que não chamaria a atenção do público para os as partidas.

Por outro lado, o que os proprietários dos clubes na época queriam, para seu aparentemente aumento de visibilidade, era uma oportunidade de grandes ofertas para "vender" seu produto e, essa chance não demoraria a surgir. Um poderoso magnata - Rupert Murdoch - discutia durante a madrugada com um brilhante executivo, a potencial liga que poderia explodir seu novo negócio, a BSkyB, uma rede de TV por assinatura britânica e, o modelo do campeonato inglês revigorado e mais atraente (também em questões do retorno financeiro), os chamara atenção, apesar de seu alto preço para a época. Murdoch vinha de um forte desgaste, com mudanças na Fox e uma crise interna em outro meio próprio e, não estava nada contente com o rumo da TV por satélite que estava implantando na Grã-Bretanha, já que os ingleses não estavam aderindo as ofertas desse produto, porém, o magnata podia "sentir" em suas veias que aquele negócio podia decolar e lhe trazer tanto lucro quanto os números contratuais de uma NHL ou a NFL. O novo projeto da liga inglesa começava a tornar-se num leilão, com outras emissoras sabendo do potencial em meio à reunião, aumentando os valores da parceria, para derrubar a concorrência, conforme entendiam a grandeza do negócio – como era o caso da ITV, que batia de frente com a BSkyB de Murdoch e empurrava para a vala a BBC. Durante um tempo, o “cabo de guerra” entre as emissoras só fazia a montanha de dinheiro aumentar: 12 milhões, para 44,5 milhões, que chegaram em quase 270 milhões, em horas de negociações – até bater os 304 milhões que Murdoch pagaria por ano – com direito à sessenta partidas, com contrato válido por 5 anos.

Foto: Site Oficial/Premier League

Com as arestas sendo aparadas, os ingleses estavam assegurando um ótimo contrato para televisionar as partidas, que inicialmente poderia render muito dinheiro aos clubes, auxiliando o crescimento e popularidade não só desse novo modelo de campeonato, mas também numa melhora considerável da estrutura e até a qualidade dos clubes. Os negócios - se bem executados - tendem a render boas cifras no futuro... ÓTIMAS CIFRAS!


Fonte: ROBINSON, Joshua e CLEGG, Jonathan - A LIGA – Como a Premier League se tornou o negócio mais rico e revolucionário do esporte mundial (2020)

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