Goleada sueca em cima das italianas, representatividade e respeito do Hijab com a primeira vitória marroquina em Mundiais femininos e a valentia da Colômbia
Suécia 5 x 0 Itália
Para se tornarem classificadas, as suecas, medalhistas de prata das Olimpíadas de Tóquio, entraram em campo, em Wellington, na Nova Zelândia, na madrugada de sábado (29), determinadas a se empenharem para construir o resultado positivo contra a Itália. E assim foi feito. As ragazzes tiveram oportunidades de crescer no jogo, mas logo encontraram adversárias com intensidade nas criações, portanto se preocuparam em fechar a defesa.
Comemoração não faltou após três gols em sete minutos. Foto: Reprodução ge / Getty Images
Contudo, a partir dos 39' da primeira etapa, Ilestedt desviou na pequena área, após escanteio e abriu o placar. Cinco minutos depois, na sobra de bola da goleira Durante, Rolfo mandou para o fundo da rede. Para fechar o primeiro tempo com chave de ouro, Blackstenius marcou o terceiro nos acréscimos. A intensidade não mudou na volta do intervalo. Ilestedt fez o quarto de cabeça. Fechando o 'chocolate', Blomqvist fez uma bela jogada para marcar o dela.
Com o resultado, a Suécia está liderando o grupo G e se junta ao Japão e Espanha - já classificados para as oitavas. Já a Itália, que se manteve em segundo lugar, precisa vencer a África do Sul para garantir a vaga.
Coreia do Sul 0 x 1 Marrocos
A zagueira Nouhaila é a primeira jogadora a usar um Hijab em Copas do Mundo.
Foto: Reprodução Twitter
Contemplando a estreia em torneios mundiais femininos e a primeira seleção árabe participante, Marrocos venceu a partida contra a Coreia do Sul, por 1 a 0. O triunfo veio de Ibitssam Jraidi - bem postada no centro da área para cabecear após levantamento de Hanane Ait El Hajamo. Mesmo finalizando onze vezes durante o segundo tempo, a pontaria não foi bem sucedida para as coreanas.
A zagueira Nouhaila Benzina, de 25 anos, é a pioneira a usar o Hijab em uma partida de Copa do Mundo. O lenço já chegou a ser proibido pela Fifa em outros Mundiais. Momento importante de representatividade e respeito com a cultura árabe.
Apenas as marroquinas e as portuguesas - estreantes - resistem em seus grupos com chances de classificação (ambas na terceira colocação). A situação das árabes não é fácil, uma vez que estão com -5 em saldo de gols e precisam golear a Colômbia, na próxima quinta-feira (03), às 7h (horário de Brasília). A Coreia já está eliminada sem pontuar na fase de grupos - cumprirá tabela contra a Alemanha no mesmo dia e horário.
Alemanha 1 x 2 Colômbia
A jogadora do Real Madrid marcou o primeiro gol dela na Copa. Foto: Reprodução Twitter.
A Colômbia foi exemplo de raça ao vencer a gigantesca Alemanha, bicampeã mundial e atual vice-campeã europeia. O clima em Sydney esteve tenso durante o jogo todo. E ficou um pouco mais no segundo tempo com os gols. A atacante Linda Caicedo marcou um golaço, Popp empatou aos 43' de pênalti, por Pérez derrubar Oberdorf dentro da área. No apagar das luzes, Vanegas fez o segundo para as latinas - ficando em primeiro na chave.
E veio a quebra de invencibilidade das alemãs após 20 partidas. Essa é a segunda vez na história em Copas que são derrotadas na fase de grupos. A última tinha sido contra a Suécia, por 3 a 2, em 1995.
O auxiliar técnico Angelo Marsiglia esclareceu que Linda Caicedo poderia ter saído antes do momento em que foi substituída aos 50 minutos por Restrepo (antes do gol de desempate) devido ao cansaço e coração acelerado. A situação não se dá por isolada, visto que a revelação do Real Madrid, precisou de atendimento médico no treino da semana por sentir fortes dores no peito. A comissão técnica espera que a camisa 18 esteja apta para enfrentar o Marrocos.
Linda já passou por um processo difícil de tumor no ovário - diagnosticado aos 14 anos - enquanto estava nas categorias de base e recém contratada pelo Deportivo Cali. O retorno aos gramados foi no fim de 2020 marcado pela superação e o alcance de marcas importantes para o futebol feminino. Caicedo, aos 18 anos, é a primeira jogadora sul-americana a balançar as redes em Mundiais Sub-17, Sub-20 e agora na Copa do Mundo profissional - entre homens e mulheres.
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